terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ÁLCOOL É O PIOR EXCESSO DE NATAL

Mais do que os excessos alimentares que são tradicionais da época natalícia, os excessos em termos de bebidas alcoólicas são aqueles que mais preocupam os profissionais de saúde. O médico endocrinologista, Silvestre Abreu, diz que embora a carne de vinha d'alhos seja um alimento extremamente calórico, o pior das celebrações de Natal e de fim-de-ano é mesmo o álcool. E é entre os jovens que os excessos são mais visíveis, principalmente em termos de bebidas que não são tradicionais. "Antes, a tradição passava por beber um copo de licor ou Genebra, agora os jovens preferem os 'shots' e a ingestão de álcool, somente pelo álcool", acrescenta.
O também director do Serviço de Endocrinologia do Serviço de Saúde da Região e coordenador do programa regional de Controlo e Prevenção da Diabetes ressalva ainda a importância de não ser fundamentalista quanto às tradições alimentares do Natal. "Não são os excessos cometidos no Natal que promovem a obesidade", explica. "A obesidade promove-se pelos excessos ao longo do ano".
Apologista de que as tradições devem ser mantidas como 'imagens de marca' de um povo, Silvestre Abreu defende que as pessoas até podem e devem cometer alguns excessos, desde que tenham regras, moderação e mecanismos de defesa. "Não vamos proibir que esses excessos aconteçam", diz. "Vamos mas é estimular a que as pessoas minimizem o impacto dos mesmos, aumentando por exemplo a actividade física e também se defendendo, comendo, por exemplo, uma sopa antes da carne de vinha d'alhos, diminuir o açúcar na confecção dos doces, apostar na ingestão de fruta e legumes e sobretudo no consumo racional das bebidas alcoólicas".
E depois das refeições mais 'exageradas', Silvestre Abreu aconselha ainda a que as pessoas façam uma caminhada.


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