quinta-feira, 17 de novembro de 2011

AÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO ASSINALOU DIA DO NÃO FUMADOR

Numa iniciativa promovida pela Câmara Municipal da Ribeira Brava, decorreu hoje (17 de Novembro), na biblioteca municipal daquele município, uma ação de informação / sensibilização evocativa do Dia do Não Fumador. Destinada a alunos dos 2.º e 3.º ciclos, estiveram presentes nesta ação alunos das duas escolas deste grau de ensino do concelho, nomeadamente as turmas do 9.º A e do 9.º B da nossa escola.
Antónino Pacheco foi o orador convidado, alertando os jovens presentes para os riscos da iniciação ao consumo desta droga, o que, conforme demonstram as estatísticas, sucede regra geral cada vez mais cedo, ainda numa fase precoce da adolescência. “Fumar mata” é mais do que um mero slogan um alerta que deve ser tido em conta, conforme fez questão de demonstrar o preletor convidado, expondo várias das complicações de saúde a que estão expostos os fumadores.
A terminar, a coordenação do programa ATLANTE queria deixar um agradecimento muito especial às professoras Maria José Faria e Márcia Temtem que se disponibilizaram a acompanhar os alunos nesta atividade.    
Eis um excerto da reportagem realizada pela RTP Madeira a esta iniciativa: 
   
 

domingo, 13 de novembro de 2011

PREVENIR? PORQUE SIM!

Prevenir? Porque sim!
Porque é melhor prevenir do que remediar…
Porque cada dia é diferente do anterior…
Porque agir antes de acontecer é estar melhor preparado…
É consensual que o consumo de substâncias psicoativas é uma ameaça ao desenvolvimento e bem-estar social e económico, acarreta consequências adversas sérias, no próprio indivíduo, e naqueles que com ele convivem, nomeadamente família, amigos, colegas e sociedade em geral.
Não apenas em Portugal, mas também na Europa e no Mundo o consumo destas substâncias é uma grande preocupação de saúde pública, na medida em que temos noção dos efeitos e consequências negativas para o próprio e terceiros. O consumo do tabaco, álcool e outras drogas não pode ser analisado apenas na dimensão individual, enquanto comportamento isolado, mas enquanto ato social, onde o comportamento daqueles que consomem tem influência no comportamento de terceiros face ao consumo, com impacto no desenvolvimento económico e organização das sociedades.
Apesar de social e culturalmente haver uma certa tolerância ao consumo de álcool e tabaco, não podemos esquecer que estas substâncias provocam também alterações ao nível do sistema nervoso central, causando dependência física e psicológica. A própria Organização Mundial da Saúde diz que droga “É toda a substância, natural ou sintética, que altera o funcionamento do Sistema Nervoso Central (deprimindo-o, estimulando-o ou perturbando-o)”.



Percurso do adolescente nunca é uma linha reta


É inquestionável a necessidade e premência de continuarmos a investir na prevenção das toxicodependências. O objetivo primordial do Serviço de Prevenção de Toxicodependência e da sua estratégia de intervenção é, sem dúvida, evitar o início do consumo das substâncias psicoativas na população, com especial incidência nas crianças, nos jovens e nas suas famílias. O percurso do adolescente nunca é uma linha reta. Ocorrem avanços e recuos, absolutamente normais. Daqui a necessidade de trabalhar com estes jovens diferentes competências, de forma a capacitá-los para saberem estar nas diferentes situações e contextos. Assim, e de acordo com uma boa prevenção, os projetos devem ser desenvolvidos ao longo do ciclo de desenvolvimento, de forma contínua, preferencialmente em meio escolar, por ser este o contexto onde as crianças / jovens passam a maior parte do seu tempo.
Relativamente aos programas de intervenção o modelo sócio-afetivo (Hansen, 1992) dá especial valorização às variáveis individuais – as atitudes, crenças, valores, autoconceito, auto-estima, conhecimentos e tomada de decisão e às variáveis sociais – processo de aprendizagem e pressão social: Atividades alternativas – visam promover junto dos jovens o desenvolvimento de atividades incompatível com o uso de substâncias.
Auto-estima – desenvolver sentimentos positivos em relação a si próprio.
Clarificação de valores – clarificar os valores percebendo a relação entre valores pessoais e consequências das decisões.

Competências individuais e sociais – capacitar para a assertividade e resolução de conflitos interpessoais.
Compromisso – trabalhar para o compromisso de nunca usar drogas.
Estabelecimento de normas – fixar normas que dificultam a acessibilidade às drogas e compromisso de não consumir, corrigindo as percepções erradas que possam existir.

Informação – trabalhar os conhecimentos e crenças sobre as consequências do uso de substâncias psicoativas.
Lidar com o stress – ensinar habilidades ou estratégias para lidar com o stress, especialmente em situações particularmente difíceis ou até contrariedades, como a não entrada na universidade para o curso pretendido ou a ruptura de uma relação de namoro.
Dar suporte ou assistência - fornecer apoio e orientação para resolver os problemas do quotidiano.
Traçar objetivos – Incentivar a escolha de objectivos e motivar para o sucesso.
Tomada de decisão – capacitar para a tomada de decisões racionais relativamente às substâncias.




Jovens serem os difusores da informação


Ao longo do tempo o Serviço de Prevenção de Toxicodependência tem envolvido jovens em muitos dos projetos e programas preventivos, procurando que sejam eles os principais agentes de difusão da informação, de atitudes e comportamentos responsáveis no domínio da promoção da saúde e prevenção das toxicodependências. São os denominados projetos de prevenção de pares, que se têm revelado bastante eficazes, na medida em que para os jovens é muito mais fácil aceitar a mensagem e a influência do seu amigo ou colega, dada a sua relação de proximidade, do que dos professores ou dos técnicos.
Contudo, e apesar de todo o investimento em programas preventivos, que se possam desenvolver em meio escolar, recreativo ou desportivo, não podemos esquecer o relevante papel dos pais no desenvolvimento das crianças e dos jovens. São os pais que proporcionam o desenvolvimento das condições necessárias para uma maturação equilibrada e saudável. Caso dúvidas houvesse, temos todas as razões para responder “porque sim” ao desafio da prevenção.


Idalina Sampaio
Socióloga Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, IP-RAM
Serviço de Prevenção de Toxicodependência


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL LEVOU A MORTE DE AMY WINEHOUSE

A investigação da polícia britânica sobre a morte de Amy Winehouse determinou que a cantora morreu por acidente, como resultado de consumo excessivo de álcool.
O veredito de "morte acidental" foi dado depois que o inquérito descobriu que a cantora estava mais de cinco vezes acima do limite de teor alcoólico permitido para dirigir quando morreu.
Segundo o inquérito, foram encontradas três garrafas vazias de vodca, duas grandes e uma pequena, em sua casa no bairro de Camden, no norte de Londres.
A cantora, de 27 anos, foi encontrada morta em sua casa no dia 23 de julho. Uma investigação chegou a ser aberta mas foi adiada.
Amy tinha um longo histórico de vício em álcool e drogas. No entanto, a autópsia determinou que seu corpo não tinha nenhuma "substância ilegal" no momento de sua morte.
A investigação sobre morte de Amy Winehouse foi retomada nesta quarta-feira para determinar as causas e circunstâncias exatas da morte da cantora. Na segunda-feira, a polícia metropolitana de Londres admitiu que um documento sobre a morte da cantora que deveria ter sido encaminhado para a família da cantora foi enviado para o endereço errado, mas já retornou às mãos da polícia.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

REUNIÃO GERAL DOCENTES APLICADORES DO PROGRAMA

Caros Colegas aplicadores do programa ATLANTE,
 
Conforme é do V/ conhecimento decorreu na passada semana, promovida pelo Instituto da Administração da Saúde e Assuntos Sociais, IP-RAM (através do Serviço de Prevenção de Toxicodependência) a reunião inicial de apoio à implementação do programa ATLANTE - Enfrentar o Desafio das Drogas, na qual estiveram presentes os coordenadores deste programa das vinte e seis escolas da Região que estão a levar a cabo a respetiva implementação e na qual, como não poderia deixar de ser, também a nossa escola esteve representada.
Porque daquele encontro resultou um volume de informação relativamente significativo, entendemos que a melhor forma de vos transmitir a informação veiculada será através da realização de uma reunião, a qual está desde já convocada para a próxima terça-feira, dia 25 de Outubro, pelas 18h30.
Cumpre-me no entanto informar, por ser de caráter mais urgente, que todos os docentes que este ano estão a aplicar o programa pela primeira vez terão de frequentar obrigatoriamente uma ação de formação de apoio com a duração de seis horas, validada pela DRE.
Assim, peço-lhes que me informem, com caráter de urgência (até ao final da semana em curso) por favor, em qual das datas disponíveis farão a respetiva formação, bem como o turno que pretendem (manhã ou tarde) conforme se segue:
Dias 26 e 28 de Outubro: 09h30 às 12h30 / 14h30 às 17h30.
Dias 02 e 04 de Novembro: 09h30 às 12h30 / 14h30 às 17h30.
Mais informo que as sessões desta formação decorrerão na Escola Secundária Dr. Ângelo Augusto da Silva (mais conhecida por Escola da Levada).
Esclareço que poderão escolher o turno da tarde ou o turno da manhã (de acordo com o V/ horário de componente letiva) já que os conteúdos a abordar numa determinada data são semelhantes em ambos os turnos (um docente poderá optar, por exemplo, por fazer a primeira parte da formação na quarta de manhã e a segunda parte na sexta à tarde ou vice-versa).
Sempre ao V/ inteiro dispor para mais informações / esclarecimentos adicionais, subscrevo-me com os meus melhores cumprimentos,


O Coordenador do Programa ATLANTE

Renato Azevedo

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

NOVAS DROGAS INVADEM A EUROPA

As “smart shops” são um fenómeno recente na Europa que já extravasa o velho continente e que acarreta uma grande preocupação para autoridades e famílias.
Estas lojas abertas ao público vendem fertilizantes para plantas, a Mefedrona, que quando consumida por humanos, inalada ou tomada por via oral, tem efeitos muito semelhantes ao ecstasy e à cocaína. Os mais conhecidos como o Blow, o Bloom, a Sálvia e o Spice, entre outros, são consumidos como substâncias psicoactivas.
Segundo Paula Vale de Andrade, do Instituto da Droga e da Toxicodependência, o grande problema destas drogas é que, como não são testadas, «não houve tempo ainda para perceber quais são os efeitos secundários a médio e longo prazo, são uma roleta russa». São novas substâncias que vão aparecendo no mercado e fogem às malhas da lei, trabalhadas em laboratório com alteração química para que não sejam catalogadas como drogas e tenham carácter legal.
A reboque desta questão das “drogas legais” há uma falsa ideia de que o que é legal, não faz mal, nem causa tantos danos como as drogas ilegais.
Aos hospitais continuam a chegar consumidores destas novas drogas, com problemas de desequilíbrio mental, crises de pânico e ansiedade, surtos psicóticos, dissociação da realidade, registando-se já algumas mortes provocadas por estas substâncias a nível europeu.
Outro fenómeno recente é o “Binge drinking”.
Esta é a expressão para descrever o consumo excessivo de álcool que corresponde à ingestão de cinco ou mais bebidas alcoólicas num curto espaço de tempo.
Está ligado à indústria e à cultura do lazer e da diversão, às noites de fim-de-semana, na rua, nas festas, bares, discotecas e ambientes de clubing, em que os consumidores são maioritariamente jovens.
Paula Vale de Andrade garante que esta prática de consumo copioso de bebidas brancas (vodka, absinto, tequillas), por vezes associadas a bebidas energéticas, tem vindo a aumentar no seio de uma camada cada vez mais jovem (14-16 anos), com todas as sequelas que isso acarreta do ponto de vista do comportamento, com padrões muito agressivos, muito inquietos e com as lesões que esta atitude provoca a nível hepático e da saúde mental.
Acresce o problema da habituação nos jovens, um consumo que pode ser já considerado preocupante a nível daquilo que são os dados da Europa.

In Jornal da Madeira

terça-feira, 28 de junho de 2011

DESFECHOS DA «XI SEMANA REGIONAL DE PREVENÇÃO DAS TOXICODEPENDÊNCIAS

Sob o mote “Uma intervenção...Todos convocados”, decorreu a XI Semana Regional de Prevenção das Toxicodependências que visou a criação de um “espaço” de reflexão, partilha de conhecimentos e experiências em torno de intervenções desenvolvidas na Região Autónoma da Madeira, bem como a projecção de desafios futuros.
«Esta será uma semana importante, em que intensificaremos as iniciativas preventivas, promoveremos o debate, procurando uma ampla mobilização social, educativa e cívica, com a participação activa de entidades, dos vários sectores públicos e privados, bem como da sociedade civil, na construção de um movimento em rede, potenciador da prevenção e de comportamentos responsáveis. A prevenção tem sido o principal eixo de intervenção do Governo Regional da Madeira, no combate à toxicodependência. O objectivo tem sido o de fazer de cada cidadão um agente de prevenção no combate à toxicodependência.» Foram estas as palavras proferidas pelo Senhor Secretário Regional dos Assuntos Sociais no momento de Abertura da XI Semana Regional de Prevenção das Toxicodependências, promovida pelo Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, IP-RAM, através do Serviço de Prevenção de Toxicodependência.
Sob o mote “Uma intervenção...Todos convocados”, decorreu mais esta semana que visou a criação de um “espaço” de reflexão, partilha de conhecimentos e experiências em torno de intervenções desenvolvidas na RAM, bem como a projecção de desafios futuros.
Numa época em que nos debatemos com a emergência de novas contingências associadas ao consumo e à preocupação sentida pelos pais, professores, outros técnicos e acompanhada pelas autoridades regionais com o fenómeno do consumo de drogas legais, nesta Semana Regional reforçou-se a ideia de que a alteração de um paradigma centrado no tratamento e reabilitação para o actual foco na prevenção é vantajoso pois torna a comunidade mais permeável à promoção de iniciativas nesta área.
Desde há muito que ouvimos a célebre frase “a toxicodependência é um problema da sociedade”. Sendo assim, não seremos todos nós e cada um, membro activo dessa mesma sociedade? Cada um poderá desempenhar o seu papel na prevenção, nos diferentes contextos e cenários onde se move. Nesta lógica foram apresentados, na voz dos parceiros do Serviço de Prevenção de Toxicodependência, alguns projectos e iniciativas em desenvolvimento.
Reconhecendo o papel primordial da família na prevenção dos comportamentos de risco, foi apresentado o Programa de Intervenção Precoce e Competências Parentais do Centro de Segurança Social da Madeira. Juntamente com a família, a escola é um dos principais espaços promotores do crescimento saudável, no entanto ao longo da idade escolar os alunos sofrem mudanças e períodos de crise que os expõe a múltiplos riscos. Para fazer face a esta circunstância, as intervenções têm início na infância e acompanham o ciclo de vida através de várias iniciativas: Programa “Preparando o meu futuro” (Direcção Regional de Educação em articulação com as escolas de 1º Ciclo), Programa “Atlante – Enfrentar o desafio das drogas”, dirigido a alunos do 2º e 3º ciclos, Campanha “Eu vivo feliz, livre, forte, radicalmente e intensamente…sem drogas” (IASaúde, IP-RAM), Projecto Trapézio (Escola Secundária Dr. Ângelo Augusto da Silva) e o Projecto PUMA (Universidade da Madeira).
Os contextos comunitários são também meios privilegiados de actuação, nestes é notável o desenvolvimento de diversas iniciativas preventivas: Projecto “Ser é crescer” (Abrigo de Nª. Sra. Da Conceição e Patronato de São Filipe), Projecto “Respostas comunitárias ao desafio da prevenção” (Clube Futebol Andorinha) e Projecto “Viver a prevenção no Imaculado” (Junta de Freguesia do Imaculado Coração de Maria).
A conjugação de saberes de diferentes áreas, expressa nos projectos apresentados, no envolvimento de diversas entidades do sector público e privado, e na projecção de novos campos de actuação demonstrou a cooperação existente entre o Serviço de Prevenção de Toxicodependência e os diferentes parceiros comunitários, enfatizando a prevenção nos diferentes contextos: familiar, escolar, laboral, comunitário, desportivo, recreativo e meio rodoviário.

Alicia Freitas – Psicóloga
IA-Saúde e Assuntos Sociais
Serviço de Prevenção de Toxicodependência

In Jornal da Madeira

quinta-feira, 16 de junho de 2011

ALUNOS SENSIBILIZADOS PARA AS DEPENDÊNCIAS

Ontem foram dados a conhecer os resultados do projecto Atlante nas escolas. O moderador do debate foi o director regional de Educação e os oradores foram professores coordenadores deste programa nas escolas.
No segundo dia da XI Semana Regional de Prevenção das Toxicodependências foi a vez dos professores responsáveis pelo projecto Atlante, nas escolas de Santana, Machico, Camacha e Curral das Freiras, falarem do impacto que este programa de prevenção das toxicodependências tem junto dos alunos.
O debate, denominado "Fórum Atlante", teve como moderador o director regional de Educação que, em declarações à comunicação social, explicou que este projecto decorre nas escolas do 2.º e 3.º ciclos da Região desde 2005 e conta com a coordenação do Serviço de Prevenção de Toxicodependências.
Uma vez que, tal como já diz o ditado, "mais vale prevenir do que remediar", Rui Anacleto entende que a «sensibilização é fundamental e isso é o que temos feito juntas escolas. Pelo "feed-back" que temos recebido das escolas esse objectivo tem vindo a ser cumprido».
Da mesma opinião é Maria Nazaré Freitas, uma das formadoras do programa Atlante. A responsável referiu que as formações dadas aos professores, em oito sessões, servirão para «dotar os alunos de competências que lhes permitam decidir por si próprios e tomar decisões acertivas».
Ana Luísa Ascenso, responsável pelo projecto na Escola Básica e Secundária de Machico, foi uma das oradoras neste fórum. Também nesta escola, os alunos são sensibilizados para a prevenção das dependências, não só a nível das substâncias tóxicas mas também de hábitos de vida saudável e promoção da auto-estima. Um projecto que, confessa, «está a ser muito gratificante» porque «acabamos por sentir que os alunos se interessam pelo assunto».
Para Artur Silva, docente na Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos do Curral das Freiras, o projecto nesta freguesia incide-se mais a nível do álcool e do tabaco pois são as dependências que vão mais ao encontro da realidade da localidade. Embora as drogas sejam também abordadas nas sessões, «o objectivo é fazer com que os jovens sintam que podem desabafar, contar as suas experiências e os casos que conhecem», explicou o professor. Apesar de haver uma resistência inicial em falar destes temas, Artur Silva frisou que no final esse "gelo" é quebrado e os resultados são muito positivos.

In Jornal da Madeira

domingo, 22 de maio de 2011

GOVERNO NAS ESCOLAS A PREVENIR CONSUMOS

A secretaria regional dos Assuntos Sociais, através da Instituto de Administração da Saúde e em colaboração com a secretaria da Educação e Cultura, tem em curso um programa de prevenção das toxicodependências, sobretudo drogas, álcool e tabaco. A iniciativa é liderada pelo Serviço de Prevenção das Toxicodependências e visa, sobretudo, os alunos com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos.
O Programa denomina-se ATLANTE e, conforme explica o presidente do SPT, Nélson Carvalho, «tem como objectivo dotar os alunos de informação, atitudes, valores e competências necessárias para decidirem de forma racional e autónoma perante a oferta de drogas».
O objectivo, diz, é «dotar os alunos de informação, atitudes, valores e competências necessárias para decidir de forma racional e autónoma perante a oferta de drogas».
Nélson Carvalho destaca que «o Serviço de Prevenção de Toxicodependência, com o apoio da Secretaria Regional de Educação, tem desenvolvido projectos desde o primeiro ciclo do Ensino Básico, visando a sua continuidade no 2º e 3º ciclos e ensino secundário, onde se verifica uma maior prevalência dos consumos, sobretudo de álcool, conforme destaca o Inquérito Nacional Em Meio Escolar – 2006 – “Consumo de Drogas e outras substâncias psicoactivas”)». «Justifica-se assim a pertinência do reforço da “mensagem” preventiva junto da população do ensino secundário e posteriormente no ensino superior», defende o governante.
Desta forma, para o primeiro ciclo estão contemplados projectos de prevenção das toxicodependências, com uma intervenção junto do pessoal docente e não docente, dos alunos, e dos pais/encarregados de educação.
«Estes projectos promovem o desenvolvimento de competências pessoais e sociais que permitem aos alunos resistir à oferta de substâncias, evitando ou atrasando a experimentação. Neste ciclo, fornece-se somente informação sobre substâncias lícitas, adaptada às realidades dos grupos», explica.
No segundo e terceiro ciclos é desenvolvido o programa Atlante.
No secundário são desenvolvidos projectos e iniciativas no âmbito da prevenção das toxicodependências, abrangendo alunos, pais/encarregados de educação, pessoal docente e pessoal não docente.
Além disso, teve início a Campanha Itinerante de Sensibilização para a Prevenção das Toxicodependências, sob a designação "Eu vivo - feliz, livre, forte, radicalmente e intensamente - sem drogas", dirigida aos alunos do ensino secundário.
Para o Ensino Superior está contemplado o desenvolvimento de projectos e iniciativas em estabelecimentos de Ensino Superior, com o objectivo de sensibilizar os alunos para os malefícios do consumo de substâncias psicoactivas.
«De realçar a colaboração com a Associação Académica da Universidade da Madeira, que tem permitido, entre outras iniciativas, desenvolver um projecto de prevenção de pares e a publicação de diversos artigos no seu Jornal Académico», acentua.

“Atlante” em parceria com Canárias

O programa “Atlante” surgiu de uma parceria da Secretaria Regional dos Assuntos Sociais (SRAS), através do Serviço de Prevenção de Toxicodependência (SPT) com a Dirección General de Atención à las Drogodependências – Consejeria de Sanidad – Governo de Canárias e com as Escolas Básicas dos 2º e 3º Ciclos da RAM, sendo financiado pelo Programa Comunitário INTERREG III B. Desta parceria resultou a tradução e adaptação do Programa “ORDAGO”, da autoria de uma Fundação Espanhola – EDEX, actualmente designado por Programa Atlante. O programa tem sido implementado nas Escolas Básicas dos 2º e 3º Ciclos.

Sessões operacionais de 50 minutos

Segundo o Serviço de Prevenção de Toxicodependências, todos os professores que queiram implementar este programa nas suas escolas devem procurar informações junto do Conselho Executivo da respectiva escola ou entrarem em contacto com o SPT.
O programa, refere Nélson Carvalho, será operacionalizado nas escolas, através da dinamização de sessões, com a duração de 50 minutos cada, centradas em várias áreas.
Neste caso, explica aquele responsável, em declarações ao JORNAL da MADEIRA, serão abrangidas as seguintes valências: «informação, crenças, auto-estima, tomada de decisões, atitudes, influências, resistência à pressão grupal e tempo livres».
Valências que Nélson Carvalho considera suficientemente abrangentes para o sucesso da iniciativa.

Professores têm que passar por formação

Os professores das escolas que fizerem parte do projecto terão que participar, previamente, numa acção de formação, ministrada por técnicos do Serviço de Prevenção de Toxicodependência.
Refira-se ainda que o “Atlante” é apresentado numa capa que inclui quatro manuais para os professores e os respectivos cadernos para os alunos.
O manual do professor apresenta para cada sessão, os objectivos desta, considerações prévias, desenvolvimento da actividade. orientações didácticas, rubrica saber mais e recursos de apoio.
O caderno do aluno inclui fichas atractivas para realizar as actividades de ensino-aprendizagem.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

VENDA DE DROGAS LEGAIS PREOCUPA AUTORIDADES

Substâncias psicotrópicas ganham adeptos sobretudo entre os mais jovens

 

 

Desde que as drogas legais chegaram à Madeira de forma mais assumida, há cerca de dois anos, quando abriu a primeira 'smart shop' no Funchal, que as substâncias psicotrópicas não pararam de ganhar adeptos. Hoje são um fenómeno de popularidade sobretudo junto da comunidade jovem. A venda livre desta gama de drogas que não estão inscritas na longa lista de substâncias estupefacientes proibidas em Portugal, já colocou a Polícia Judiciária e a Inspecção das Actividades Económicas no terreno e está a deixar bastante preocupado Nelson Carvalho, director do Serviço de Prevenção da Toxicodependência.
André Paquete, estudante de bioquímica (curso incompleto), aproveitou a experiência de dois anos a trabalhar numa 'smart shop' em Oxford, na Inglaterra, para trazer o conceito da venda livre de substâncias químicas e naturais com efeitos alucinogénicos para a Madeira. Estudou a legislação, aconselhou-se junto da Polícia e concluiu que o negócio tinha tudo para resultar.
Abriu a sua própria loja no Funchal, em Dezembro de 2008. A 'Pakside, street wear' congrega, além do pronto-a-vestir, um estúdio de tatuagens 'Ink Side', uma 'sex shop' (que actualmente já não existe ali) e uma zona 'smoking' – um expositor onde se vendem mortalhas, cachimbos, incensos, 'grinders' (moedores), mas também fertilizantes para plantas – um pó que, não obstante a advertência no rótulo, acabam por ser consumido uma vez reconhecidas as suas características alegadamente psicoactivas – e as chamadas drogas legais: 'Salvia Divinorum' (extracto herbal seco) e 'Snow Blow', um rapé energizante sem nicotina.
Os produtos, tal como os efeitos são vários: de calmantes a energizantes, de afrodisíacos a estimulantes. A gama das 'legal highs' têm efeitos semelhantes ao LSD, à marijuana e ao ecstasy mas – magia! - são vendidos e consumidos livremente sem qualquer sanção legal. "São cada vez mais os clientes que nos procuram", confessa o gerente. Quantos por semana? "Isso são dados confidenciais", responde André Paquete. Garante que só vende "exclusivamente  a maiores de 18 anos", sendo essa uma "regra de ética". Os problemas que possam daí advir, como o consumo por menores ou a mistura explosiva de substâncias alucinogénicas com bebidas alcoólicas, tudo isso é já entra na esfera da responsabilidade dos clientes.
As saquetas com os produtos psicotrópicos são importados do continente, a partir de fornecedores fidedignos, assevera o gerente da 'smart shop' do Funchal, um confesso apologista da liberalização das chamadas drogas leves como a marijuana. "É bom que o país pense bem duas vezes sobre a legalização destas substâncias: é que as novas que vão surgindo podem ser mais perigosas, porque derivam de alterações químicas em laboratório", afiança.

SPT alerta: perigo para a saúde


Nelson Carvalho, director do Serviço de Prevenção da Toxicodependência (SPT), analisa o problema sob um outro prisma. "Estas substâncias químicas designadas por 'spice drugs' só são legais por uma questão administrativa, porque os efeitos são semelhantes às drogas ilícitas".
Na verdade, a venda destas drogas só não é proibida porque cai em vazio legal, pois não figuram na longa lista de estupefacientes e substâncias psicotrópicas proibidas, ao abrigo do regime jurídico aplicável ao tráfico e consumo (Decreto-Lei n.º 15/93).
Ao SPT não chegaram ainda "denúncias oficiais" destes casos, "mas é provável que haja situações de dependência", crê Nelson Carvalho. O responsável pelo serviço de prevenção das toxicodependências insurge-se contra as "mensagens facciosas" vendidas por estas lojas.  "O que eu digo às pessoas é: evitem ao máximo tudo o que houver ligado a esse tipo de drogas porque é uma forma encapotada de vender esse tal produto que pode ser bom para se divertir, para ter um encontro, para se sentir mais relaxado, para ter mais coragem. Tudo isso é falso. As pessoas têm capacidades e competências próprias para resolver os seus problemas no dia-a-dia".
Dos comportamentos de risco podem resultar consequências imprevisíveis ao nível da alteração da consciência ou evoluir para situações mais graves: coma ou morte, considera Nelson Carvalho. "Pelos efeitos nefastos deve-se evitar de todo o seu consumo. É perigoso ainda mais porque são substâncias que não foram sujeitas a controlo farmacológico e são desconhecidos os seus princípios activos", adverte.

Informação para “exorcizar” medos

André Paquete está noutra onda. Resume os medos sociais ao preconceito, ao desconhecimento e à falta de informação. "Não há overdoses, é uma experiência de diversão, com características psicadélicas, ou no caso, da 'Salvia', é uma experiência espiritual intensa", descreve assim  a 'trip' de reacções alucinogénicas ou psicotrópicas. Para exorcizar os receios em torno das drogas legais, sugere "acções de sensibilização junto de autoridades, professores e técnicos de saúde".
O DIÁRIO falou ainda com Carlos Marabuto, gerente daquela que se apresenta como a primeira 'smart shop' em Portugal. Desde que o 'Cogumelo Mágico' se instalou em Aveiro, em 2007, (entretanto abriram outras lojas no Bairro alto e em Cascais), o catálogo já oferece cerca de 400 produtos com substâncias psicotrópicas. Na Madeira tem "15 a 20 clientes fiéis". Os produtos são encomendados via CTT com portes de envio pagos no acto da entrega. "Funciona como a Telepizza", diz.

Vistorias: Judiciária e Inspecção: buscas e apreensões

Tal como aconteceu no Continente, a chegada das drogas legais à Madeira lançou alguma confusão entre as autoridades e dúvidas quanto à legalidade de substâncias cuja natureza é desconhecida.
Há cerca de dois anos, a Polícia Judiciária fez uma busca na 'smart shop' do Funchal e apreendeu cautelarmente vários produtos, vendidos em saquetas de uma grama e meia grama, que se presumiam ser ilegais. As amostras foram analisadas no Laboratório de Polícia Científica, em Lisboa, e os resultados revelaram que não havia matéria criminal, pois as substâncias não figuravam nas tabelas da lei vigente onde estão especificados os estupefacientes proibidos.
Recentemente, a Inspecção Regional das Actividades Económicas (IRAE) lançou uma vistoria no âmbito da fiscalização económica e segurança alimentar. "Foi apreendida uma certa quantidade e diversidade de produtos devido à inexistência de rotulagem adequada e outros por causa das substâncias que integrariam", revela ao DIÁRIO Valentim Caldeira. O director da IRAE diz que a loja está licenciada e tem autorização para vender produtos cosméticos, alguns dos quais apresentavam rótulo em inglês (sem tradução para português). Tudo está a ser averiguado, as amostras estão a ser analisadas em laboratório e, como tal, não há ainda conclusões.
André Paquete está tranquilo e disposto a corrigir se alguma irregularidade for apontada. "Se se comprovar com base nalgum estudo ou prova que o que eu vendo é uma ameaça à saúde pública, então eu deixo de vender", responde.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ALCOOLISMO E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


Realizou-se na passada sexta-feira, na sala de sessões da nossa escola, uma palestra no âmbito do projecto ATLANTE subordinada ao tema “Alcoolismo e Violência Doméstica”. Esta iniciativa antecipou a evocação ao Dia Nacional da Luta Anti-Alcoolismo, efeméride que em Portugal se assinala a 14 de Fevereiro de cada ano.
Esta acção, ministrada pela Dra. Nazaré Freitas, do Serviço Regional de Prevenção de Toxicodependências, teve por objectivo alertar para os perigos do alcoolismo e da correlação existente entre o consumo desta substância e a maioria dos casos de violência doméstica que ocorrem na Região. Participaram nesta acção, inserida na Campanha Regional contra a Violência Doméstica que o concelho da Ribeira Brava tem promovido durante este mês, cerca de cinquenta alunos oriundos de três turmas de sétimo e oitavo anos.
O facto de o alcoolismo não desculpabilizar actos de violência por parte de um agressor (é importante erradicar ideias preconcebidas tais como “coitado, estava bêbado, não teve culpa!”) e de que a violência doméstica é um crime público e, como tal, deve ser denunciado, foram, consideramos, as principais ilações a reter desta iniciativa.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

REUNIÃO DE ACOMPANHAMENTO PROFESSORES APLICADORES

Caros Colegas,

Venho pelo presente lembrar que o Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, IP-RAM, através do Serviço Regional de Prevenção de Toxicodependências, irá promover uma reunião de acompanhamento destinada aos professores afectos ao programa ATLANTE (professores aplicadores) que já começaram / terminaram a implementação daquele programa no corrente ano lectivo.
Esta reunião decorrerá no próximo dia 09 de Fevereiro, das 09h30 às 12h00 ou, em alternativa, das 14h30 às 17h00 (consoante a disponibilidade de cada docente). Agradeço confirmação de participação, bem como, caso aquela se verifique, confirmação do turno respectivo.  
Mais se informa que os docentes que participarem nesta primeira reunião de acompanhamento já não terão de participar na segunda, prevista para 25 de Abril (e vice-versa).
Grato pela atenção, com os melhores cumprimentos,  
 
O Coordenador do programa ATLANTE

Renato Azevedo

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

PALESTRA ALCOOLISMO E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Com o objectivo de sensibilizar para os efeitos nefastos do consumo do álcool, designadamente dos prejuízos decorrentes desse hábito, quer a nível individual quer social, a nossa escola levará a efeito, no dia 28 de Janeiro, pelas 14h00, uma acção de sensibilização sobre o tema alcoolismo e violência doméstica.
Esta iniciativa insere-se nas actividades promovidas pelo concelho da Ribeira Brava no âmbito da Campanha Regional contra a Violência Doméstica, pretendendo-se alertar e prevenir para a relação quase directa existente entre os excessos verificados no consumo desta substância e a generalidade das situações de violência doméstica que ocorrem na Região.
Outro dos objectivos desta iniciativa consiste na captação e registo de imagens desta acção tendo por finalidade a produção posterior, por parte de um grupo de alunos do 8.º B, de um vídeo sobre o tema. A palestra será ministrada pelo Dr. Nelson Carvalho, do Serviço Regional de Prevenção de Toxicodependências da RAM.
O convite para participação nesta acção é extensivo a todos os elementos da nossa comunidade escolar.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

SUPER MÁRIO, O HOMEM QUE VOAVA SOBRE OS CENTRAIS

Mário Jardel foi sem dúvida um dos melhores avançados da história do futebol português. Considerado por muitos adeptos do desporto-rei nacional o melhor estrangeiro de todos os tempos a pisar os relvados portugueses, Super Mário, alcunha com a qual se celebrizou no nosso país, deve muita da sua fama ao facto de ter apontado 186 golos em 186 jogos oficiais disputados em Portugal. Uma média no mínimo surpreendente.
Jardel despontou para o futebol no Vasco da Gama, conquistou títulos no Grémio mas grande parte da sua fama foi conquistada em Portugal, ao serviço de FC Porto e Sporting. Conquistou o troféu destinado ao melhor marcador do campeonato nacional por cinco ocasiões e ainda duas “Botas de Ouro”, galardão que distingue o melhor marcador dos principais campeonatos da Europa, só superado nesta matéria por dois nomes míticos do futebol português como Eusébio (Benfica) e Fernando Gomes (Porto). Jardel era um fenómeno raro dentro da área, sendo a sua especialidade os golos de cabeça.
Depois de na época desportiva de 2001/2002 ter assinado aquela que foi provavelmente a maior temporada da sua carreira, apontando 42 golos em 30 jogos ao serviço do Sporting CP, facto que o faria sagrar-se pela segunda vez “bota de Ouro”, as portas da selecção canarinha que iria participar no Campeonato do Mundo organizado conjuntamente por Japão e Coreia do Sul pareciam definitivamente escancaradas para Super Mário.
Mas porque por vezes nem sempre tudo o que parece é, Jardel acabou sendo preterido por Luiz Felipe Scolari, técnico que em 2002 orientava uma selecção brasileira tida como uma das mais fortes de sempre e que acabaria mesmo por conquistar o “penta” na prova. Este terá sido o princípio do fim de Super Mário, então com 28 anos, idade considerada pelos especialistas a ideal sob o aspecto de maturação das características técnicas e tácticas que distinguem os grandes avançados.
O desgosto de nunca ter representado o seu país numa grande competição arrastou Jardel para a dependência do álcool e cocaína, afundando-o definitivamente no mundo das drogas. Aquele que até há bem pouco tempo era conhecido por Super Mário parecia ter perdido os “super-poderes” que o notabilizaram dentro dos relvados. Jardel já não “voava entre os centrais” arrastando-se antes de uma forma quase confrangedora em campo, muito em parte devido à sua má forma física reflectida de forma notória no seu excesso e peso. Pouco depois terminou o casamento com Karen Ribeiro, mãe dos seus dois filhos dos quais se manteve afastado por longos períodos.
O brasileiro passava noites em claro cercado de mulheres, bebida e drogas, situação agravada por ter passado a ser presença frequente no banco de suplentes das respectivas equipas. Acostumado à fama, Jardel não aceitava a condição de “reserva”, situação que potenciava ainda mais o consumo de drogas, utilizadas pelo avançado como forma de espace à nova realidade. Desde então Mário Jardel passou por 15 clubes dos mais diversos pontos do planeta – Itália, Inglaterra, Argentina, Espanha, Chipre, Austrália ou Bulgária – sempre com o intuito de reabilitar a carreira. A realidade porém é que em todos a sua passagem foi efémera, traduzindo-se em poucos meses de subrendimento nos relvados e um desfecho inevitavelmente semelhante: a dispensa.
Hoje com 37 anos, Mário Jardel, entretanto regressado ao Brasil, diz-se “curado” da dependência e procura um clube para relançar a carreira e a vida.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

CAMPANHA DE PREVENÇÃO DAS TOXICODEPENDÊNCIAS VAI À RIBEIRA BRAVA

A campanha itinerante de sensibilização para a prevenção das toxicodependências nas escolas de Ensino Secundário da Região, 'Eu vivo feliz, forte ,radicalmente e intensamente... sem drogas', do Serviço de Prevenção de Toxicodependência, estará presente, amanhã e sexta-feira, na Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, na Ribeira Brava.
Do programa de actividades destaca-se o fórum/debate, dirigido aos alunos, que decorrerá amanhã às 10 horas, e contará com a presença do professor António Costa, que falará aos jovens do seu percurso como modelo, da ligação às artes, ao desporto e a conciliação com a actividade de professor da Escola Gonçalves Zarco.
No dia 14, às 10 horas,  haverá um debate dirigido aos pais e encarregados de educação sobre a importância do seu papel na prevenção das toxicodependências.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A LIBERDADE NÃO SE COADUNA COM A TOXICODEPENDÊNCIA

Para Maurício Melim, a mensagem que importa passar, sobretudo para os jovens, «é que é possível levar uma vida feliz sem ter de recorrer a substâncias aditivas. E que existem muitas alternativas para que as pessoas se realizem e concretizem os seus sonhos, quer seja através das artes, quer através do desporto, inclusivamente, através de atitudes voluntárias e de participação em associações de índole humanitária».
O que importa, realçou o presidente do IASAÚDE, é que eles saibam que «há um enorme manancial de actividades que as pessoas podem desenvolver, onde vão, efectivamente, adquirindo competências que lhes dê uma capacidade suficiente para seguirem uma vida sem terem de recorrer a substâncias aditivas. É um pouco mostrar o quanto a vida tem de bom e a forma de usufruir de uma boa qualidade de vida, sem se deixar apanhar por um consumo, uma vez que as pessoas que são dependentes de alguma substância acabam por perder a liberdade. E aquilo que temos de preservar, acima de tudo, é essa capacidade de sermos livres, de poder criar e crescer de uma forma harmoniosa e equilibrada. Naturalmente que é incompatível levarmos uma vida, avançarmos com um projecto bem definido, se estamos dependentes de alguma coisa. Porque se estamos dependentes, perdemos a liberdade de escolha».
De resto, tal como referiu, é esta a mensagem que os serviços procuram desenvolver com as iniciativas de prevenção, as quais, tal como afirmou, são sempre feitas de uma forma planeada e organizada. Embora, muitas vezes, por solicitação de outras instituições sejam também desenvolvidas acções pontuais, conforme a disponibilidade também do Serviço de Prevenção da Toxicodependência.


Parcerias frutuosas

O trabalho do Serviço de Prevenção da Toxicodependência, de acordo com o presidente do IASAÚDE, tem vindo também a ser desenvolvido fruto de algumas parcerias que foram estabelecidas com várias instituições públicas e privadas, entre as quais Maurício Melim destacou «o Centro de Segurança Social da Madeira, autoridades policiais, a Associação Mão Amiga, a Associação Nacional de Bebidas Espirituosas».
Neste aspecto, Maurício Melim destaca ainda o papel da comunicação social na divulgação das mensagens de sensibilização e o facto desta “amplificar” o auditório e destinatários.

Responsáveis pela educação na mira de várias acções


O presidente do IASAÚDE diz que tem sido feito um esforço no sentido de chegar ao maior número de pessoas possível. Em especial, de acordo com Maurício Melim, «aqueles que têm  responsabilidades  em educar e formar as crianças e jovens para que sejam cidadãos responsáveis».Na opinião de Maurício Melim, «esse tem sido um trabalho que tem sido substantivo, no sentido de procurar atingir e formar essas pessoas».
Mensagem  dirigida à sociedade


De acordo com o presidente do IASAÚDE, o objectivo de todo o trabalho em matéria de prevenção é o de sensibilizar, particularmente, os jovens, mas também a sociedade em geral. Por isso, segundo Maurício Melim, são levados a cabo programas e campanhas com diferentes escalões etários.


Consumos estão a baixar


Dados recentes revelaram que apesar de haver um decréscimo no consumo de drogas, houve um ligeiro acréscimo na procura de cocaína. Os dados, segundo Maurício Melim, estão a ser monitorizados, por forma a verificar a tendência do fenómeno. Mas, o que importa realçar, disse, «é verificar que os consumos de drogas estão a baixar e é isso que mostram os estudos».


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

PREVALÊNCIA DO CONSUMO DE DROGA DIMINUI NA REGIÃO

A Madeira é a única Região do país onde, entre 2001 e 2007, se registou uma "diminuição das prevalências de consumo ao longo da vida de toda as substâncias ilícitas na Madeira".
Este é uma das conclusões do relatório anual do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) sobre 'A Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicopendências' em 2009, que foi divulgado recentemente. O relatório revela igualmente que embora tenha havido uma diminuição no consumo ao longo da vida, tem sido notório um aumento do consumo de cocaína na população jovem adulta da Região.
A Madeira é também a região do país onde se registam não só as mais baixas 'Prevalências de Consumo de qualquer droga ao Longo da Vida' (5,2%) e também a mais baixa 'Prevalências de Consumo nos Últimos 30 Dias' (apenas 1%).
O relatório do IDT mostra também que, no total da população portuguesa, o cannabis continua a ocupar o primeiro lugar das preferências, seguindo-se-lhe a cocaína e o ecstasy.
No contexto das decisões judiciais, em 2009 registaram-se 1360 processos-crime findos envolvendo 2.000 indivíduos, na sua maioria (92%) acusados por tráfico. Cerca de 84% dos indivíduos envolvidos nestes processos foram condenados e 15% absolvidos.
O trabalho desenvolvido pelo IDT revela que, no ano passado, foram condenados 39 indivíduos na Madeira e Porto Santo por crimes relacionados sobretudo com tráfico de substâncias ilícitas, seguindo-se os tráfico-consumo e o consumo.
A maioria dos condenados na Região (66%) cometeram crimes relacionados apenas com cannabis, enquanto que 13% estiveram relacionados apenas com heroína e 21% com polidrogras (várias substâncias). Segundo o relatório, não se registaram, em 2009, condenações na Madeira em crimes apenas relacionados com cocaína.