terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ÁLCOOL É O PIOR EXCESSO DE NATAL

Mais do que os excessos alimentares que são tradicionais da época natalícia, os excessos em termos de bebidas alcoólicas são aqueles que mais preocupam os profissionais de saúde. O médico endocrinologista, Silvestre Abreu, diz que embora a carne de vinha d'alhos seja um alimento extremamente calórico, o pior das celebrações de Natal e de fim-de-ano é mesmo o álcool. E é entre os jovens que os excessos são mais visíveis, principalmente em termos de bebidas que não são tradicionais. "Antes, a tradição passava por beber um copo de licor ou Genebra, agora os jovens preferem os 'shots' e a ingestão de álcool, somente pelo álcool", acrescenta.
O também director do Serviço de Endocrinologia do Serviço de Saúde da Região e coordenador do programa regional de Controlo e Prevenção da Diabetes ressalva ainda a importância de não ser fundamentalista quanto às tradições alimentares do Natal. "Não são os excessos cometidos no Natal que promovem a obesidade", explica. "A obesidade promove-se pelos excessos ao longo do ano".
Apologista de que as tradições devem ser mantidas como 'imagens de marca' de um povo, Silvestre Abreu defende que as pessoas até podem e devem cometer alguns excessos, desde que tenham regras, moderação e mecanismos de defesa. "Não vamos proibir que esses excessos aconteçam", diz. "Vamos mas é estimular a que as pessoas minimizem o impacto dos mesmos, aumentando por exemplo a actividade física e também se defendendo, comendo, por exemplo, uma sopa antes da carne de vinha d'alhos, diminuir o açúcar na confecção dos doces, apostar na ingestão de fruta e legumes e sobretudo no consumo racional das bebidas alcoólicas".
E depois das refeições mais 'exageradas', Silvestre Abreu aconselha ainda a que as pessoas façam uma caminhada.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

BEBE-SE PARA ESQUECER E AINDA PARA FESTEJAR

O problema do alcoolismo na Região, tal como a nível nacional, é grave. Embora sem números oficiais, estima-se que há cada vez mais gente álcool- dependente. A grande maioria que procura tratamento diz que o que a levou ao consumo, foram as dificuldades da vida. Mas, diga-se de passagem, que há muita gente a beber para comemorar.


Não há dados oficiais quanto ao número de alcoólicos na Região mas sabe-se que a dimensão do problema é grave e que as contrariedades do dia-a-dia estão à cabeça das razões apontadas pelos consumidores de álcool em excesso, para justificarem os seus actos.
O Governo, através da Secretaria Regional dos Assuntos Sociais, está atento a esta questão que “destrói” muitas famílias madeirenses. Para tal, e para além dos apoios que concede às associações anti-alcoólica da Madeira e de alcoologia “Mão Amiga”, acompanha também o Centro de Recuperação de Alcoólicos S. Ricardo Pampuri, na Casa de Saúde São João de Deus. Para além disso, criou uma comissão anti-álcool, a qual é liderada pelo psiquiatra Luís Filipe. Este grupo de trabalho prepara-se para elaborar um estudo sobre o problema do álcool na Madeira. O alcoolismo não escolhe sexo, nem idades, assim como não o faz quanto a classes sociais. |Sabe-se que os homens são os que mais consomem, mas há cada vez mais mulheres à procura de ajuda para se libertarem deste vício. Um outro facto a apontar é que os jovens estão a “enveredar” cada vez mais cedo, pelo vício dos “copos”.
O vinho é a bebida preferida das pessoas das zonas rurais, enquanto que os da “urbe” apontam mais para as bebidas destiladas. A esmagadora maioria da população que consome álcool em excesso, tem dificuldades em assumir-se como doente e rejeita tratar-se. Mas o número daqueles que procuram ajuda, está também a aumentar.

«Ninguém nasceu com esta sina, ninguém nasceu para ser alcoólico»

Rua Latino Coelho, porta 45. No primeiro andar, um “bar” improvisado vende de tudo menos álcool. Ao lado, uma ampla sala acolhe 20 pessoas. A grande maioria do sexo masculino. As portas da Associação de Alcoologia “Mão Amiga” abrem-se pelas 19 horas e 30 minutos, às terças-feiras. Às 20 horas, decorre uma sessão de prevenção do alcoolismo. Rui Vasconcelos recebe-nos para uma dessas iniciativas em que a direcção da instituição recusa-se a falar para alcoólicos, ex-alcoólicos ou qualquer pessoa com rótulos. “Falamos, isso sim, para pessoas que se interessam pelo problema do álcool. Não sabemos quem é quem e se são alcoólicos ou não. Falamos para uns, para os outros ouvirem”, conta-nos Rui Vasconcelos. O representante da associação “Mão Amiga” diz que “quem quer contar o seu caso e pedir ajuda, è recebido à parte, num gabinete”.
A “A Mão Amiga” já ajudou muitos a libertarem-se deste flagelo que é o alcoolismo. Graças a uma “pressão psicológica” junto daqueles que, semanalmente, vão ouvir o que há para dizer sobre o problema do alcoolismo.
A nossa equipa de reportagem assistiu a uma iniciativa que se prolonga até as 23 horas. A sala estava preenchida e Rui Vasconcelos não foi “brando” nos considerandos que efectuou em torno do problema do alcoolismo. Referiu, por exemplo, que ninguém nasceu com esta sina, e que quem bebe para esquecer, acaba por tornar-se “num palhaço. Não esquece nada, faz asneiras e estraga muitas famílias”.
Os números de acidentes nas estradas — dos quais 53 por cento são da responsabilidade do álcool — foram também utilizados para sensibilizar os utentes para a necessidade de abandonarem o consumo.


“É preciso aplicar o Plano”

O psiquiatra Saturnino Silva — já reformado — dedicou-se, durante longos anos, ao problema do alcoolismo na Madeira. Ainda hoje, exerce profissão no seu consultório particular, onde passam muitos doentes que querem livrar-se daquele grave problema que afecta a nossa sociedade.
Enquanto representante do Centro de Saúde Mental, elaborou um Plano de Combate ao problema. Relatório que foi feito, está actualizado mas ainda não foi aplicado.
O médico diz não saber se é falta de coragem política ou não mas garante que se essas ideias que constam no plano fossem por diante, o problema do alcoolismo não teria as proporções que tem actualmente.
Considerando que o problema do alcoolismo não se resolve apenas com um combate feroz às tascas existentes na Madeira, o psiquiatra admite, contudo, que estas contribuem, em muito, para que o problema persista em aumentar. Há legislação que proíbe a abertura de estabelecimentos perto de escola, há legislação que proíbe a venda de álcool a menores. Mas os comerciantes vendem a toda a gente. O médico diz ainda que o problema do álcool é directamente proporcional ao número de tascas, ao número de acidentes de viação, entre outros.
Na opinião de Saturnino Silva, Portugal deve estar a ocupar, neste momento, um segundo ou terceiro lugar, ao nível da Europa, como país que mais álcool consome.


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

CRESCER AFASTADO DAS DROGAS

Ontem e hoje está a decorrer na Escola Gonçalves Zarco uma campanha de prevenção da toxicodependência em que o mote lançado é o de que “Eu vivo - feliz, livre, forte, radicalmente, intensamente... sem drogas”. Entre pinturas, actividades desportivas, debates. Hoje haverá actividades na área da saúde.

A Escola Básica do 2.º e 3.º ciclos e Secundária Gonçalves Zarco, em parceria com o Serviço de Prevenção de Toxicodependências, estão a organizar até ao dia de hoje uma campanha de prevenção da toxicodependência, sob o lema “Eu vivo... sem drogas”.
Dirigido aos alunos daquele estabelecimento de ensino, este projecto está integrado no Plano Regional Contra a Droga e pretende sensibilizar em todas as escolas da Região. A acção inclui várias actividades com o objectivo de sensibilizar os alunos para os perigos das drogas, promovendo comportamentos saudáveis.
A manhã de ontem foi dedicada a duas actividades, uma a elaboração de “graffitis”, a outra, que decorreu no bar da escola, consistiu na construção do mural “Eu vivo sem drogas” onde os alunos do secundário escreveram as razões para os jovens não consumirem drogas.
O professor e artista plástico Acosta foi o dinamizador da actividade do “graffiti”, na qual os alunos puderam ajudar a desenhar na parede do pátio da escola mensagens «de que é possível crescer e é possível desenvolverem-se sem recorrer às drogas». A primeira palavra a ser desenhada na parede foi “Crescer”, «mas foi um estímulo, porque a ideia é continuar a elaborar “graffitis” com mensagens na escola.
Paulo Inácio e Diogo Fernandes eram dois jovens que estavam a colaborar na iniciativa e adiantaram ao JM que «é possível a gente pode crescer sem ir para maus caminhos e drogas». Já Laura Nunes e Joana do secundário acreditam que é possível viver feliz e sem drogas, é que o segredo é mesmo rodear-se de bons amigos.
No dia de ontem ainda houve um debate com os alunos do ensino nocturno, cujo orador foi o psicólogo Nélson Carvalho. Hoje, haverá um fórum que terá a presença de Nélson Carvalho e ainda de um atleta de futebol do Nacional, entre outros. À noite haverá uma acção destinada aos encarregados de educação que, segundo Nélson Carvalho, são fundamentais porque são «os agentes educativos das crianças e têm que ter uma responsabilidade acrescida» e reparar nos sinais de alerta.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

CASCAIS JÁ TEM LOJA DE DROGAS LEVES

Luís Vitorino abriu em Outubro a primeira smart shop em Cascais, onde vende drogas legais "com os mesmos efeitos do ecstasy ou LSD", porque os consumidores têm mais poder de compra.


A primeira loja de drogas legais nos arredores de Lisboa abriu portas em Cascais, um local escolhido pelo proprietário que optou pela vila por considerar que este é o sítio onde os consumidores têm mais poder de  compra. "Aqui as pessoas entram, olham, perguntam quando têm dúvidas e compram sem preocupações de preço", afirmou à Lusa Luís Vitorino, proprietário e gerente da loja. Localizada no edifício Baía, com janela aberta para o Largo Camões, esta é a primeira "smart shop" a abrir nos arredores de Lisboa e facilmente passaria despercebida não fosse a placa verde de um dragão com asas e a cuspir fogo a anunciar a "Imperium – Alucina a tua mente".
Lá dentro, várias substâncias expostas em montras envidraçadas, desde ervas, sementes, cogumelos alucinogénicos, chás, incensos e afrodisíacos. "Trata-se de produtos naturais, legalizados, com os mesmos efeitos do ecstasy ou LSD mas sem consequências negativas para a saúde", afirmou convicto o responsável.

“Tem havido muita afluência à loja”


Com entrada permitida só a maiores de 18 anos, as portas desta "smart shop" estão abertas das 12h até às 24h e, apesar de estar em funcionamento há menos de um mês, o movimento é notório. "Tem havido muita afluência de pessoas, a clientela é boa. Alguns vêm por curiosidade, outros estão informados e vêm direitos ao que procuram", disse o gerente. Um jovem, residente em Cascais, conversa com o proprietário à procura de um produto específico. Parece saber bem o que quer: "uma coisa que me ajude a relaxar, que seja forte, mas calmante. Nada de alucinogénicos". Luís Vitorino sugere a "Dragon", a erva mais forte que tem, de três gramas e, por isso, mais cara (45 euros). O cliente aproveita ainda para levar uns acessórios, mortalhas e filtros.
Entusiasmado com a abertura do novo espaço, o cliente agradece ao proprietário a oportunidade de a partir de agora poder comprar os produtos que deseja sem ter de se deslocar a Lisboa, prometendo "voltar mais vezes".

“Cascais conservador não é o turístico Bairro Alto”


Contudo, há quem não veja com bons olhos esta novidade em Cascais. Alice Cruz, de 50 anos, não concorda que o concelho incentive o consumo de drogas, ainda que sejam legais. "Isto não tem nada a ver com Cascais, que é um local de tanta gente mais conservadora. No Bairro Alto ainda se percebe, porque é frequentado por mais jovens, estrangeiros e de vários estratos sociais, mas aqui não faz sentido", sustentou.
Também Luís Vitorino disse já se ter apercebido dos "comentários menos agradáveis" em surdina de quem passa à porta do estabelecimento e dos "olhares de lado". "Há senhoras que olham para dentro da loja com um ar desconfiado e quando se apercebem do que está à venda fazem um ar reprovador", adiantou.
Opiniões diferentes têm três jovens, entre os 24 e 26 anos, já clientes do novo estabelecimento de Cascais.
"É uma forma de abrir mentalidades, fugir às drogas ilegais, além de que é um negócio como todos os outros", explicou à Lusa um dos rapazes. "Antes tínhamos de ir a Lisboa, agora temos a loja mais perto. Para nós é vantajoso", rematou o amigo.

“Três anos para legalizar a loja”


Mas nem só de drogas vive a "Imperium". Além de acessórios, como as tradicionais "chichas" marroquinas, estão ainda à venda peças de vestuário. Com licença atribuída pela Câmara de Cascais e com fiscalização da ASAE, Luís Vitorino explicou que o processo para legalização do estabelecimento foi muito demorado, cerca de três anos.
Num cenário de cores suaves a remeter para uma ambiente "zen", Luís Vitorino assegurou que a nova loja não se destina a um escalão etário específico, mas sim, a atrair todo o tipo de clientes.
Para a Associação Empresarial do Concelho de Cascais, a nova loja traz um conceito "controverso" e "polémico", mas que não causa constrangimentos uma vez que respeita a legalidade. "É um facto que não é um negócio normal, mas para nós, na óptica empresarial e comercial, desde que seja legal é bem vindo a Cascais", disse à Lusa o presidente daquela associação Armando Correia.

Fonte: Expresso

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

VENCEDORES DO PASSATEMPO DIA DO NÃO FUMADOR

Na sequência do passatempo que lançámos aqui no site – e na exposição de trabalhos alusivos ao Dia do Não Fumador que esteve patente no 3.º piso – cumpre-nos agora informar quem foram os alunos que se sagraram vencedores daquele desafio.
Assim, o primeiro classificado foi o aluno Carlos Xavier, do 8.ºD; o segundo classificado o Daniel Alfredo, também do 8.º D e, no terceiro lugar do pódio, ficou o aluno João Manuel, do 8.º A.
Aos vencedores os nossos sinceros parabéns. Aos outros, aqueles que agora não participaram, esperamos poder contar com a vossa participação na próxima oportunidade. Estejam atentos!
Eis então os prémios com que serão contemplados os nossos “campeões":

terça-feira, 16 de novembro de 2010

DIA DO NÃO FUMADOR


Assinalando o Dia do Não Fumador, data que se comemora amanhã, 17 de Novembro, está patente no 3.º piso da nossa Escola uma exposição de trabalhos alusivos ao tema. Os vários trabalhos, realizados por alunos do 8.º ano no âmbito do programa ATLANTE, têm por objectivo sensibilizar os elementos da comunidade escolar para os malefícios decorrentes do consumo de tabaco. Associado a cada um dos trabalhos os seus autores criaram um lema / mote tendo por objectivo tornar a mensagem mais apelativa - mas não só! É que, agregada a esta mostra, a coordenação do ATLANTE está também a promover um passatempo, dirigido exclusivamente a alunos, que consiste em fazer corresponder cada uma das frases apresentadas ao número de um dos trabalhos. As frases transmitem mensagens relativamente aos perigos do tabagismo mas, também, uma pista acerca do trabalho correspondente. Os três primeiros alunos a responderem correctamente serão premiados com um filme em DVD / jogo para PlayStation.
Participa deixando a tua resposta aqui no blogue. Não te esqueças de te identificar com o teu nome e turma, pois só dessa forma a tua participação será considerada válida. A exposição, tal qual o concurso, estará patente até ao próximo dia 23 de Novembro.  De que estás à espera?!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

COCAÍNA E ANFETAMINAS UTILIZADAS POR ESTUDANTES

É um hábito dos estudantes do secundário, nestas alturas de exames, consumirem anfetaminas". Quem o garante é o psicólogo clínico especialista na área da farmacologia, Carlos Lopes Pires. Apesar de não ter estudos relativos ao ensino secundário, o psicólogo acredita que "uma boa percentagem" dos cerca de 157 mil estudantes que realizam os exames tomam "substâncias estimulantes".
Porém, neste campo, os "medicamentos" podem-se dividir em dois tipos: os inofensivos, suplementos vitamínicos (como o Cerebrum) e as perigosas anfetaminas ou substâncias similares.
Fruto das várias pesquisas que tem elaborado, Carlos Lopes Pires fez um apanhado das substâncias a que os estudantes recorrem: "Metilfenidato (substância de prescrição médica, aparentada à anfetamina e presente nos medicamentos Ritalina, Rubifen e Concerta), pridana, piracetam, modiodal, piradetam, anfetaminas, e pastilhas de guaraná."
Além desta longa lista de substâncias, que consumidas em excesso "podem provocar psico-esquizofrenia", Lopes Pires acrescenta que ainda é utilizada uma outra droga: "a cocaína".
Apesar de nocivas para a saúde, o psicólogo reconhece que estas substâncias dão resultados, uma vez que "fornecem um grau mais intenso de adrenalina, aumentam a capacidade de estar várias horas seguidas a estudar e aceleram as capacidades cognitivas."
Para Rui Trindade, especialista em Ciências da Educação, os estudantes consomem cada vez mais a anfetaminas porque "há muita pressão, o que os leva a recorrer a meios lícitos e ilícitos". Além disso, "a concorrência é cada vez mais feroz, instalando o 'ganhar a todo o custo'".
Contactado pelo DN, o Infarmed disse não ter dados sobre o consumo de estimulantes, uma vez que "só analisa os produtos comparticipados pelo Estado". Já a Associação Nacional de Farmácias (ANF) reconhece, através da sua vice-presidente, Maria da Luz Sequeira, que "nestas épocas a venda de ampolas aumenta. Os alunos mais cansados consomem suplementos para o cansaço físico e intelectual".
Porém, reforça que a ANF não tem qualquer estudo sobre a matéria. No que diz respeito às anfetaminas a farmacêutica "nem acredita que produtos desse género andem fora do circuito das farmácias". Também João Goulão, presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência, revela que aquele organismo não tem qualquer estudo sobre o consumo de anfetaminas por parte dos estudantes nem campanhas de sensibilização.
Por outro lado, mesmo que dados existissem poderiam não ser completamente fidedignos, porque, como explica Carlos Lopes Pires, "os estudantes podem comprar na Internet". Ainda assim, o psicólogo acredita que "a maioria dos alunos consegue-o por via médica". Tudo porque muitas destas substâncias são utilizadas para outros fins, como tratamento das pessoas que sofrem de hiperactividade.

Fonte: DN

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

70% DOS SEM-ABRIGO TÊM PROBLEMAS COM AS DROGAS

Lisboa contabiliza 1680 sem-abrigo. A maioria chegou a esta situação devido a problemas de droga e álcool. Desemprego e doenças mentais são outras causas.
“Degradei-me na droga.” As palavras são de António, 55 anos, que há 18 anos ocupava um cargo de relevo numa empresa sediada em Lisboa. “Cheguei a viver num hotel em Paris”, explica. Devido ao consumo excessivo de cocaína António perdeu a família, a empresa e toda a vida estável que tinha.
Durante 12 anos viveu nas ruas de Lisboa. Hoje, volvidos seis, António tirou um curso técnico profissional de Informática e Belas Artes e ainda recorre à Comunidade Vida e Paz para fazer terapia com o psicólogo do centro.
No total, são 1680 os sem-abrigo que dormem nas ruas frias de Lisboa. “A maioria – 70% – chegou aqui devido a problemas com droga”, explica Jorge Santos, director da instituição sem fins lucrativos. “E cerca de 20% devido ao álcool. Os restantes são por problemas mentais ou mesmo situações de desemprego”.
Fritz, professor alemão que viveu muitos anos em Hamburgo, na Alemanha, chegou a Lisboa e acabou por ter nas ruas de Lisboa o seu hotel. A razão? Um amor intenso por uma norte-americana, que acabou por seguir outro rumo e casar com outro homem, e que originou uma depressão profunda no professor universitário. A maioria dos sem-abrigo estão na faixa dos 40 anos e são homens.”Se bem que existem muitos casos de jovens toxicodependentes dos 25/35 anos a dormirem nas ruas”, explica Jorge Santos. “E um ou outro caso de mulheres, mas é menos comum porque infelizmente têm a possibilidade da prostituição”, concluiu. Ou o caso de Maria, de 30 anos, vítima de maus-tratos, que actualmente vive na rua para fugir ao marido.
A instituição sem fins lucrativos apoia por dia cerca de 900 sem-abrigo e famílias carenciadas.

Fonte: DN

sábado, 6 de novembro de 2010

GUNS N’ ROSES UMA HISTÓRIA DE EXCESSOS

Hoje iniciamos aqui uma rubrica à qual decidimos chamar a “queda de uma lenda”.
Desde o mundo do cinema, passando pelo desporto até à música, muitas foram de facto as personalidades que, devido a excessos associados às toxicodependências, caíram dos patamares mais altos, por vezes quase sagrados, que temporalmente alcançaram. Relataremos aqui histórias de personalidades endeusadas pelo público que sucumbiram à tentação da droga, com consequências inevitavelmente similares. Hoje, contamos a história daquela que foi indubitavelmente uma das maiores bandas de rock de sempre: os Guns n’ Roses, cuja vida de excessos lhes ditou o fim prematuro – para grande consternação de muitos e nossa em particular!
A história dos Guns n’ Roses começa a ser escrita em 1982 através do baixista Duff McKagan que, através de um anúncio de jornal, chegou a Slash – o grande Slash! – e Steven Adler, formando assim os Road Crew. A banda desintegrar-se-ia porém pouco tempo depois, embora os três mantivessem o contacto. Em 1983, Izzy Stradlin e Axl Rose, que tocavam nos Hollywood Rose, cruzam o caminho de Duff. Axl, que também cantava no LA Guns (de Tracii Guns), começa a ter problemas com alguns integrantes das duas bandas - ao que consta este "menino" sempre primou pelo mau feitio -. O vocalista resolve então juntá-las, completando assim a primeira formação dos Guns n’ Roses: Axl Rose (voz), Izzy Stradlin (guitarra), Tracii Guns (guitarra), Duff McKagan (baixo) e Robert Gardner (bateria). Não demoraria muito para conseguirem agendar a sua primeira turné. Três dias antes do primeiro concerto, porém, Tracii e Robert abandonam a banda – graças a Deus, dizemos nós.
Quase em desespero, Duff convida seus amigos Slash e Steven Adler para substituí-los – bendita hora! – Essa turné acabaria todavia por se revelar um autêntico fracasso. Uma série de episódios violentos (brigas, prisões, invasões de palco e muita droga) marcou a primeira turné do grupo. Os recém-formados Guns n’ Roses chegaram mesmo ao ponto de se verem obrigados a vender parte de seus equipamentos por forma a assegurarem o seu regresso a casa. Já em Los Angeles, aquela que foi rotulada de a banda mais perigosa do mundo chegou a roubar e a vender drogas para sobreviver. Porém, a formação clássica dos Guns havia se completado e o sucesso não demoraria muito a bater-lhes à porta. Em 1986, contornando as dificuldades, os Guns gravaram um EP independente, chamado Live Like a Suicide e que continha quatro músicas gravadas ao vivo.
Em 1987 começam a abrir shows do Motley Crue, Aerosmith e The Cult e, contando com a ajuda de Alice Cooper – outro grande “monstro” do rock –, conseguem um contrato com a Geffen. Quatro meses depois saía o primeiro LP da banda: Appetite For Destruction – simplesmente fantástico! – A princípio, o primeiro disco de sucesso da banda enfrentou boicotes das lojas, rádios e televisões, além de alguns grupos feministas. A banda acabaria porém por ganhar os prémios de “Melhor Novo Artista” e de “Melhor Vídeo” da MTV com o tema Welcome to the Jungle.
Ainda em 1988 a Geffen Records decide lançar um novo álbum: Lies – outra maravilha! – constituído por apenas quatro composições novas e mais quatro gravações do EP Live Like a Suicide, de 1986. O processo de gravação do Lies foi pródigo em desentendimentos entre os membros da banda. Segundo Tony Monson, gerente do estúdio da Geffen desde 1981 e que presenciou todo o processo de gravação dos Guns n' Roses desde o seu primeiro disco, Steven e Slash chegavam não raras vezes totalmente bêbados e caídos a estúdio. “Axl não era diferente, adorava drogas, mas na hora de gravar sossegava e quando encerrava a sessão de gravação sentava-se num sofá ao fundo do estúdio, pegava numa garrafa de tequila e cheirava um pouco de coca. Izzy e Duff preferiam os cigarros, fumavam um atrás do outro, o estúdio fedia tornando-se quase impossível ali permacer".
Apesar dos incidentes Lies alcançaria rapidamente o sucesso do álbum anterior, juntando-se a Appetite For Destruction na lista dos mais vendidos, facto que fez dos Guns n’ Roses a primeira banda de hard rock a colocar dois discos ao mesmo tempo nos tops.
As continuadas experiências com drogas foram o motivo do primeiro desfalque entre os componentes da banda. Em 1988, Slash por pouco não é despedido por abuso de heroína e, em 1990, Steve Adler foi expulso da banda por não conseguir abandonar o vício – maldita droga! – Três meses depois o grupo encontra substituto para Steve: Matt Sorum, até então baterista dos Cult. O teclista Dizzy Reed junta-se à banda, iniciando-se assim as gravações de um novo álbum.
Em 1991 foram lançados de uma assentada dois novos álbuns: Use Your Ilusion I e Use Your Ilusion II – mais duas pérolas a juntar aos álbuns anteriores – Os dois discos são bem diversificados, com faixas mais “pesadas” como Garden of Eden ou You Could Be Mine a partilharem espaço com as baladas Dont Cry, Knocking on Heavens Door, Estranged e November Rain. Os Guns n’ Roses mantêm-se no topo da programação das rádios e MTV. Após o lançamento de Use Your Ilusion seguiu-se uma extensa turné que culminaria com mais problemas e conflitos entre os membros da banda, tendo mesmo levado ao abandono de Izzy Stradlin, prontamente substituído por Gilby Clarke.
Os Guns n’ Roses lançaram cinco álbuns de estúdio, dois EPs, um álbum ao vivo e três DVDs musicais ao longo da sua carreira. O estilo musical, a presença em palco e a imagem de bad boys da banda contribuíram para o sucesso do grupo durante uma nova era de domínio do hard rock e heavy metal no final dos anos 80 / início dos anos 90. Enquanto o glam metal liderava nas vendas de discos, tabelas de vídeos e rádio, os Guns ofereciam um som mais tradicional do rock e conquistaram muitos fãs, impressionados pela sua autenticidade entusiasmante. Atingiram os píncaros do sucesso mundial entre 1988 e 1993, mas os recorrentes conflitos de personalidade entre os membros do grupo, muito em parte devido ao consumo excessivo de álcool e de outras drogas, culminaria com o fim da formação original. Actualmente, Axl Rose é o único membro da formação base, sendo o vocalista da banda (ou do que resta dela) desde 1986.
No dia 23 de Novembro de 2008, após 14 anos de “silêncio”, o polémico e controverso Chinese Democracy – uma autêntica desilusão! – é lançado em todo o mundo.

PS: Está a fazer agora precisamente um mês que os Guns (ou o que resta deles) actuaram no Pavilhão do Atlântico mas, parafraseando o outro do anúncio: será que os Guns n’ Roses podem viver sem Slash, Duff McKagan, Izzy Stradlin ou Steven Adler? Resposta: poder até podem, mas não é a mesma coisa! Definitivamente.   

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

CONSUMO DE DROGAS VS CONDUÇÃO

O consumo de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas é, acima de tudo, uma opção individual. Uma opção reprovável e condenável? Sem dúvida. Mas, ainda assim, não obstante a crescente pressão grupal das sociedades contemporâneas, a questão dos consumos continua a ser fundamentalmente uma opção individual. O fácil acesso à maioria das drogas coloca os potenciais consumidores perante um desafio de tomada de decisão: consumir ou não consumir? Antes de decidir pense nas potenciais consequências que podem da sua opção advir para os outros. Se consumir drogas por favor não conduza! Por si e, principalmente, pelos outros.


terça-feira, 2 de novembro de 2010

PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES ATLANTE APROVADO

No seguimento das sugestões de actividades para o Plano Anual de Escola apresentadas pelos docentes aplicadores do projecto ATLANTE na nossa Escola, cumpre-nos informar que as quatro actividades propostas foram hoje aprovadas em reunião do Conselho Pedagógico. Lembramos que aquelas actividades serão evocativas do Dia do Não Fumador, Dia Nacional da Luta Anti-Alcoolismo, Dia Mundial da Luta contra o Tabaco e Dia Internacional de Luta Contra a Droga. Assim, no dia 17 de Novembro teremos uma exposição de trabalhos alusivos aoDia do Não Fumador; no dia 14 de Fevereiro uma Palestra para Encarregados de Educação, professores e funcionários alusiva ao “Dia Nacional da Luta Anti-Alcoolismo”; a 31 de Maio realizar-se-á a actividade “Cine Atlante – Enfrentar o Desafio das Drogas” e, a encerrar o ano lectivo, teremos no dia 24 de Junho uma exposição de trabalhos alusivos ao Dia Internacional de Luta Contra a Droga.
Solicita-se assim a todos os colegas aplicadores do programa que, de acordo com as datas de implementação respectivas, tentem enquadrar as respectivas turmas em pelo menos uma das actividades referidas.    

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A VIDA NÃO É UM SONHO

Trágico como a vida, “A vida não é um sonho” gira em torno de diferentes tipos de vícios e dependências. É o drama paralelo de três jovens dependentes da droga e da mãe de um deles que, por achar que vai a um programa de televisão, começa uma dieta à base de comprimidos que lhe dão uma estranha energia. É um filme de limites. E onde até mesmo os limites são excedidos. Mas há um fio condutor, um objectivo comum às quatro personagens principais do filme: procurar uma vida melhor. Sara redescobre a felicidade com a ideia de aparecer na televisão, sonha com isso em todos os momentos. Mas quer levar aquele vestido vermelho que já não lhe serve… O que é aquela mulher capaz de fazer para emagrecer? Aumenta progressivamente a dose de comprimidos, mesmo sem ordem médica, até se tornar completamente dependente deles. Os comprimidos vão levá-la à loucura. Acaba por ser internada numa instituição psiquiátrica e chega mesmo a ser tratada com choques eléctricos.
     Até que ponto resiste o amor quando os vícios se intrometem? E, sobretudo, quando a droga falta? Eles vão chegar ao limite. Harry e Ty partem para a Florida em busca de vendedores de droga. Marion vende o corpo, o orgulho, a dignidade em troca de droga. Ty acaba na prisão ao levar Harry ao hospital, devido a um enorme hematoma no braço por se injectar sucessivamente. O braço acaba por lhe ser amputado.
     Muitas vezes as pessoas adquirem certos vícios para provarem que são livres, independentes, desregradas e que tudo podem quando, na realidade, acabam por se tornarem escravas desses mesmos vícios. E, iludidas por esse aparente poder, não se apercebem que nem sequer têm controlo sobre a sua própria vida. Só vivem com um objectivo: satisfazer o seu vício. É isso que os move.
     Em todos os personagens observamos disfunções sociais e familiares, valores morais distorcidos, baixa auto-estima e respeito próprio. Os indivíduos possuem pensamentos e crenças distorcidas, levando-os a tomar decisões erradas nas suas vidas.

Observações: Não aconselhável a sua exibição integral em contexto de sala de aula (classificado para maiores de dezasseis anos.)

PS: Se algum colega estiver interessado neste material (o filme) é só contactar-me que eu terei todo o gosto em emprestar.  


Let's look at the trailer:

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS ALUSIVOS AO “DIA DO NÃO FUMADOR”

Por sugestão de um dos docentes aplicadores do programa ATLANTE no corrente ano lectivo, o Dia do Não Fumador, cuja data é evocada no dia 17 de Novembro, será assinalado com uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos. Esta mostra decorrerá no 3.º Piso, consistindo uma das actividades propostas para o Plano Anual de Actividades de Escola, a submeter a aprovação na próxima reunião de Conselho Pedagógico.
Com esta actividade pretende-se sensibilizar a comunidade escolar, e os alunos em particular, para os malefícios resultantes do consumo de tabaco; alertar para o perigo de viciação decorrente da utilização de drogas lícitas, bem como para o potencial risco   de drogas lícitas como o tabaco funcionarem como “drogas de iniciação”.
Os docentes que estejam já a desenvolver este tema no âmbito da ACND de Formação Cívica e que eventualmente tenham, à data, trabalhos para expor deverão contactar o professor coordenador do ATLANTE.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

FORMAÇÃO DE DOCENTES APLICADORES (ACTUALIZADO)

Como certamente é já do vosso conhecimento a Acção de Formação prevista para os dias 20 e 22 de Outubro foi cancelada, por falta de formandos inscritos. Deste modo, foi proposta outra data para suprir a anterior: 10 e 12 de Novembro.  
Lembramos então que as datas à Vossa escolha (docentes que aplicam o programa pela primeira vez) são:
  • Dias 27 e 29 de Outubro (09h30 - 12h30 / 14h30 - 17h30);
  • Dias 03 e 05 de Novembro (09h30 - 12h30 / 14h30 - 17h30);
  • Dias 10 e 12 de Novembro (09h30 - 12h30 / 14h30 - 17h30) - Nova data.   
Mais informamos que a data da Acção de Formação de reciclagem (para professores que já aplicaram o programa em anos anteriores e não frequentaram a formação do ano passado) também foi alterada (antecipada em uma semana).  Assim, as novas datas desta formação são:
  • Dias 17 e 19 de Novembro (09h30 - 12h30 / 14h30 - 17h30).
Todas as sessões desta formação decorrerão na Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Santo António (junto à RTP-Madeira). 


Sempre ao vosso inteiro dispor para quaisquer informações e/ ou esclarecimentos,
 
A Coordenação do Programa ATLANTE

terça-feira, 19 de outubro de 2010

ANÚNCIOS ANTI-DROGA


Hoje dei comigo a tentar lembrar-me do último anúncio anti-droga produzido e realizado em Portugal e divulgado nos órgãos de comunicação social de maior audiência deste nosso belo país à beira-mar plantado.
Depois de muito matutar e vasculhar nas minhas memórias cheguei à (triste) constatação de que simplesmente NÃO existem (penso mesmo que nunca existiram!) anúncios publicitários a sensibilizar para esta temática, salvo em épocas específicas do ano quando se faz o apelo ao não consumo do álcool associado à condução – anúncios que não raras vezes surgem entremetidos entre outros dois ou três às mais diversas bebidas alcoólicas, num mesmo bloco publicitário. E porquê que isto acontece? Porque Portugal é um país quase perfeito, neste como noutros aspectos, sendo muito provavelmente o país da Europa e arredores com taxas de toxicodependências mais baixas. Só pode!
Felizmente autoridades de outros países têm consciência de que o cenário respectivo no que concerne a estas questões não é assim tão edílico e,  através da adopção de uma postura responsável e rentável a curto / médio prazo, apostam naquela que é reconhecidamente a melhor arma no combate a este problema: a prevenção.


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

FORMAÇÃO DE DOCENTES APLICADORES

Tendo-se realizado (apenas) hoje a primeira reunião de coordenadores do programa ATLANTE, só agora vos podemos facultar a informação há muito aguardada: as datas de realização das acções de formação a promover pelo Serviço Regional de Prevenção de Toxicodependências destinadas aos professores aplicadores do programa – à excepção dos que frequentaram a formação de reciclagem em Março / Abril deste ano – bem como (a novidade) as datas de realização das reuniões de acompanhamento com os professores aplicadores do programa.
Assim, relativamente à acção de formação (com a duração de seis horas e homologada pela DRE) os professores que este ano lectivo aplicam pela primeira vez o programa deverão escolher uma de três datas (um bloco de três horas em cada dia):
-          Dias 20 e 22 de Outubro (09h30 – 12h30 / 14h30 – 17h30);
-          Dias 27 e 29 de Outubro (09h30 – 12h30 / 14h30 – 17h30);
-          Dias 03 e 05 de Novembro (09h30 – 12h30 / 14h30 – 17h30).
Relativamente à acção de formação de reciclagem, destinada a todos (e apenas a estes) os docentes que já implementaram o programa ATLANTE em anos lectivos anteriores e que não frequentaram esta acção no ano lectivo transacto, essa decorrerá nos dias 24 e 26 de Novembro (09h30 – 12h30 / 14h30 – 17h30).
Este ano realizar-se-ão ainda reuniões de acompanhamento destinadas a todos os professores aplicadores do programa, uma a 12 de Janeiro e outra a 25 de Maio. Obviamente que os professores que irão aplicar o programa no primeiro período participarão na primeira reunião e os que o aplicarem no segundo fá-lo-ão apenas na segunda. 
  Nesta fase o que vos solicitamos é que nos informem o quanto antes da data da acção de formação que mais vos convém (apenas no que concerne aos colegas que aplicam o programa pela primeira vez), sob pena de depois, por falta de disponibilidade, não terem possibilidade de optar.
Sempre ao vosso inteiro dispor para eventuais informações e/ou esclarecimentos adicionais.

A coordenação do programa ATLANTE 

terça-feira, 12 de outubro de 2010

COMPOSIÇÃO DO CIGARRO

O cigarro é uma verdadeira ARMA QUÍMICA. Contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, nenhuma das quais com utilização recomendada e, destas, quase cem comprovadamente cancerígenas.
Integram a constituição do cigarro substâbncias como metais pesados, pesticidas e insecticidas. Alguns são tão tóxicos cujo despejo em aterros é ilegal. Aquela "atraente" espiral de fumaça está repleta de substâncias tóxicas como acetona, arsénio, monóxido de carbono, cianeto, etc.
A nicotina é a principal causadora da dependência em relação ao tabaco. O seu processo de viciação é semelhante ao de drogas proibidas, como a cocaína e a heroína.
Além de ser uma substância com o poder de viciar uma pessoa ao fumo, a nicotina é altamente tóxica podendo inclusive, quando ingerida isoladamente, conduzir à morte. Apenas uma única gota de nicotina mata um gato, três gotas chegam para matar um cachorro, oito gotas de nicotina podem levar um cavalo a fortes convulsões e depois à morte. Para matar um ser humano não é complicado: são necessários apenas 60 mg de nicotina, o que equivale a aproximadamente três maços de cigarros (20 cigarros em cada maço).
A amónia, solução aquosa de amoníaco, é uma substância utilizada em detergentes. Constitui também uma das substâncias responsáveis pelo processo de viciação. O monóxido de carbono (exactamente o mesmo gás libertado pelos escapes dos automóveis) é inspirado junto com o fumo, substituindo o oxigénio e causando desse modo intoxicação no organismo. O alcatrão é obtido do carvão ou da madeira e possui na sua constituição centenas de substâncias químicas. Apresenta cor bem escura e cheiro muito forte. Cada vez que o fumo entra nos pulmões de um fumador o alcatrão fica impregnado, deixando a superfície destes órgãos escura. O formol, substância comummente utilizada para conservar cadáveres, também entra na constituição do cigarro. Ironicamente, no cigarro esta substância ajuda a "fazer" o cadáver.
Integra de igual modo a constituição do cigarro outra substância cancerígena chamada benzopireno. Esta substância derivada do petróleo tem a simples finalidade de ajudar na queima do papel do cigarro. Com o benzopireno, a queima será sempre uniforme e a cinza não se irá fragmentar. Também as notrosaminas, combinados tóxicos detentoras de alto poder cancerígeno, integram o cigarro.
Substâncias radioactivas também não poderiam ficar de fora da constituição do cigarro. O polónio 210 e o carbono 14 podem causar lesões no DNA, originando graves mutações. O risco que o fumador corre não é pouco: o teor dos elementos radioactivos presentes no mais popular derivado do tabaco, o cigarro, corresponde, absorvido por um fumador médio, a uma quantidade equivalente à que receberia um indivíduo que se submetesse à realização de 350 radiografias por ano!
Deste autêntico “cocktail Molotov”, fazem também parte alguns metais pesados como o chumbo e o cádmio. Estes concentram-se nos pulmões, rins e fígado causando diversos problemas à saúde, como é o caso do cancro. O níquel e arsénio são outros metais que se armazenam nos mais diversos órgãos (bioacumulação) e levam ao aparecimento de gangrena nos pés e danos no miocárdio. A terminar, e como se não bastasse, temos ainda o cianeto, um perigoso e potente veneno.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O TABACO E AS SUAS ORIGENS

Segundo o que se conhece o primeiro povo a fumar foram índios que viviam na América e foram avistados pela primeira vez por Colombo quando ali chegou, na época dos descobrimentos. Colombo viu indígenas inalando fumo num aparelho em forma de Y, sendo esse fumo proveniente de uma planta que eles mesmos cultivavam. Os indígenas costumavam fumar aquele tipo de cigarro em rituais de bruxaria.
Contudo, alguns historiadores referem que o tabaco terá tido origem na Ásia, por volta do século IV, bem antes de ser fumado na América. O tabaco era fumado na região da Pérsia em algo parecido com um cachimbo. Estes historiadores afirmam que o tabaco teria chegado à América levado da Ásia. Outros defendem a hipótese de que o tabaco tem uma origem africana. O povo africano usava a planta de uma forma parecida à usada nos outros continentes.
Alguns historiadores australianos afirmam que o tabaco teve origem na Oceânia. Lá a erva era fumada, mascada e usada sob a forma de pó.
Deste modo, não é possível afirmar o continente exacto onde a primeira civilização do planeta teve o primeiro contacto com o cigarro. Existem apenas várias histórias não sustentadas por provas que em cada lugar do mundo alguma civilização teve a infelicidade de começar a fumar.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

OS FILHOS DA DROGA (CHRISTIANE F.)

Outro extraordinário filme acerca da temática da toxicodependência, baseado em factos reais.  
"Os Filhos da Droga" é um retrato da sociedade moderna, um mundo de cimento e sombrio onde os vícios e a droga são apresentados como uma alternativa à solidão e à tristeza. É relatado o drama de Christiane, uma menina de seis anos que vive com os pais numa aldeia alemã. Circunstâncias diversas conduzem o destino desta família até Berlim, a grande cidade que acaba por marcar grandes alterações na vida de Christiane. Aos poucos a felicidade desta criança começa a desmoronar-se. Os pais divorciam-se e a mãe fica com a sua tutela mas a sua vida nunca mais será a mesma. A dor e a tristeza irão fazer parte do dia a dia desta criança. Christiane conhece as pessoas erradas e de boa fé confia nelas, a curiosidade arrasta-a para o mundo escuro e frio da droga. Primeiro consome drogas “leves” (Haxixe e LSD) logo seguindo-se a heroína. Aos 13 anos, juntamente com o namorado de 17 anos, é forçada à prostituição e ao roubo, as suas formas de subsistência. Ter dinheiro para mais uma dose é o seu objectivo de vida, vida essa medíocre e insignificante. Segue-se a prisão, o sofrimento de uma mãe e as tentativas de recuperação. Esta obra fala-nos da decadência do ser humano, da falta de orientação dos adolescentes, das dificuldades de contacto entre adultos e jovens, da facilidade de acesso à droga, de miséria e também de amor. Altamente descritivo, “Os Filhos da Droga” é um retrato nu e cru de um mundo devastador: O mundo da droga!

Observações: Não aconselhável a sua exibição integral em contexto de sala de aula (classificado para maiores de dezoito anos.)

PS: Se algum colega estiver interessado neste material (o filme) é só contactar-me que eu terei todo o gosto em emprestar.  
Let's look at the trailer:


DROGA NAS CIDADES

Não obstante o hip-hop não ser nem nunca ter sido o meu género de música favorito, tenho de admitir que esta música, "Droga nas Cidades", dos Guardiões do Subsolo, uma banda portuguesa do Barreiro, transmite uma mensagem forte que vale a pena ser ouvida. A sonoridade, apesar de não ser comparável à de uns Metallica ou Guns n’Roses, também não é de desdenhar podendo mesmo constituir uma óptima ferramenta na abordagem à temática das toxicodependências.


  
Quando nasceste sorriste para o mundo puro e inocente
Olhar de criança recém virgem presente
Um coração a bater uma vida aparecer
Garanto o orgulho dos teus pais ao te ver crescer
Tu eras completamente virgem em sofrimentos
Tudo
p’ra ti eram fortes momentos de alegrias
Mas dias são dias e amizades são daquelas de algumas cabeças vazias
Distorceste o teu “eu” quiseste ser o meu
Deixaste levar pelo teu quer ser mais do que o meu
Foi o princípio do teu fim nigga
E sabes bem que sim tu sabes bem que sim
Começaste por aprender a fumar um charro até ao fim
Girou elas vieste a toa enfim
Como eram belas as tardes noites naquelas mocas
E não paraste mais davas respostas as tentações
Ao viciado do corpo que tinhas possuído
Não tinha controle sentias-te perdido
Mas ao mesmo tempo contente
Por dentro preenchido
Não havia tempo p’ra sermões
Conselhos e orações
Agora tinha de ser
Já não havia guito suficiente pró andamento permanente
No teu pensamento desde que experimentaste o BRÓ
Começaste a meter dó
Espero cansar nada comias
Já só droga tu consumias
Chegaste ao topo
Ao fim da linha
Eras rei e senhor sempre pra cima
Heroína injectaste viajaste
Eras bem-vindo ao reino do peso
Drogado fechaste os olhos e caíste
Já não havia limite era tarde demais
Quando paraste reflectiste
Que era triste
A vida que tinhas começado
Pois hoje em dia não passavas de mais um agarrado

Nada nem ninguém esta livre de cair
A droga nas cidades existe pra quem quiser consumir
(Mais um agarrado)
(X5)

Uma luz no fundo do túnel
A esperança é a ultima a morrer
Ainda espero ver o meu filho a crescer
Já me tiraram 10 anos
Enterrados fui pensar
No mau caminho que seguia
Nas oportunidades que deixei passar bem ao meu lado
Mas sobrevivi na rua desde que puto fui habituado
Jogar a bola (?) snifar colar
Não tenho amor por ninguém
Estou sozinho neste mundo
Não tenho saída
Neste buraco que não tem fundo
O meu destino foi traçado
Acabar no bairro ressacado
Cheguei agarrado a heroína
Fiz tudo pra encher uma seringa
Sei que o estado em que me encontro é lastimável
Ninguém me compreende
Eu sou desagradável
Provoco maus olhares
Trás me a merda do pacote
O melhor é não falhares
Não tenho medo de enfrentar o polícia
Ou a população
Em parte tenho culpa noutra não
Fui empurrado nasci na miséria
Na miséria vou ficar a cena é seria
Nos subúrbios não se aprendem boas lições
Pois o ambiente é só drogados e ladrões
Venham mais bairros sociais
Venham mais
Quantos mais melhor
Para ficar pior
Fico a espera da cura sagrada
Que ainda não foi encontrada
Mesmo que tenho sido perde o sentido
Quando a rua chega um individuo
E vai ter com o amigo e noutro dia já é servido
Queimas o teu cérebro o interior
Só pra ter proveito só para apagar a dor
Ritmo continuo dele já não te safas
Tens de ter um ponto para apagar certas ressacas

Nada nem ninguém esta livre de cair
A droga nas cidades existe pra quem quiser consumir
(X6)

Nada nem ninguém
Ta livre de cair
A droga nas cidades
Existe pa quem quiser consumir
Nunca te esqueças disso nigga
Tem juízo

Nada nem ninguém esta livre de cair
A droga nas cidades existe pra quem quiser consumir
(x4)